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obi

04/03/2015 17:01
A Lenda de Obi
Olodunmare chama os homens para retornarem ao seu lar, porém nem mesmo a morte é capaz de apagar as lembranças os feitos de grandes homens.
 
Obi é um elemento muito importante no culto de Vodun, Orisa e Nkise. A noz de cola, Obi, é o símbolo da oração no céu.
 
É um alimento básico, e toda vez que é oferecido, o seu consumo é sempre precedido por preces.
 
Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada.
 
Quando Olodunmare descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Esu era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a única divindade feminina presente), para entrarem em acordo sobre a situação.
 
Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.
 
Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio. Enquanto estavam rezando pela restauração da harmonia, Olodunmare abriu e fechou sua mão direita apanhando o ar.
 
Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar.
 
Após isso, Ele foi para fora, mantendo Suas mãos fechadas e plantou o conteúdo das duas mãos no chão.
 
Suas mãos haviam apanhado no ar as orações e Ele as plantou. No dia seguinte, uma árvore havia crescido no lugar onde Deus havia plantado as orações que Ele apanhara no ar.
 
Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos.
 
Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram a cair no solo.
 
Aiye pegou-as e as levou para Olodunmare,e Ele disse a ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais lhe agradasse.
 
Primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com gosto ruim.
 
No outro dia, Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam ser comidas. Enquanto isso, outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal sucedidas.
 
Foram então até Olodunmare para dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes era impossível.
 
Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a divindade do Obstáculo, se apresentou como voluntária para guardar as frutas.
 
Todas as frutas colhidas foram então dadas a ela. Elenini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as guardou com as folhas para que ficassem frescas por catorze dias.
 
Depois, ela começou a comer as nozes cruas.
 
Ela esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e frescas.
 
Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a todos que o produto das preces, Obi, podia ser ingerido cru sem nenhum perigo.
 
Deus então decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais velha divindade em Sua casa quem conseguiu descodificar o segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser dali por diante, não somente um alimento do céu, mas também, onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre oferecidas primeiro ao mais velho sentado no meio do grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido por preces.
 
Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos.
 
Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo Próprio Olodunmare e tinha duas peças.
 
Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente. A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.
 
A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava presente na cerimónia.
 
A próxima tinha cinco peças e incluiu Orisa-Nla.
 
A próxima tinha seis peças representando a harmonia, o desejo das orações divinas.
 
A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no Conselho.
 
Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por preces e onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos, pelos ancestrais e onde a tradição é glorificada.
 

ode

04/03/2015 16:58
kê !
 
            Oxossi é irmão de Ogum e Exu e possui características semelhantes às dos irmãos. É o guerreiro das matas que busca alimento para sua família. Sua maior preocupação era preservar todas as espécies de vida animal para que elas não se extinguissem e, assim, não acabasse o alimento para a humanidade. Corajoso e viril, é considerado o mais bonito e charmoso dos orixás.
 
            Diz a lenda que Oxossi abandonou sua família por um encantamento de Ossaim, mesmo sendo alertado por sua mãe Iemanjá. Depois disso, ela teria impedido que ele voltasse para casa, obrigando – o a viver nas florestas. Isso fez com que ele aprimorasse seus dotes de caçador, mas sua vida foi de solidão e abandono. Os filhos de Oxossi têm bastante jovialidade e rapidez física e mental. Também são vaidosos e intuitivos.
 
CONHECENDO MAIS DE OXOSSE
 
Oxossi, deus dos caçadores, seria irmão mais jovem ou filho deOgun. Seu culto encontra-se quase extinto na África, nos países de língua Yorubá, o entanto é muito difundido no Novo Mundo, tanto no Brasil quanto em Cuba. Isto explica-se, talvez, pelo fato de Kétu, na África, haver sido completamente destruído e saqueado pelas tropas do rei Daomé, no século passado, sendo os seus habitantes vendidos como escravos para o Brasil e para a Cuba,
inclusive os iniciados no Culto de Oxossi, chegou-se a tal ponto que, embora existindo ainda, em Kétu, os locais onde Oxossi recebia outrora oferendas e sacrifícios, já não existem, atualmente, pessoas que saibam ou desejam cultuá-lo.
No Brasil, seus numerosos iniciados usam colares de cor verde ou azul claro quinta-feira é o dia da semana que lhe é consagrado; Oxossi tem como o símbolo, tanto na África como no Brasil, um arco e flecha de ferro batido; sacrificam-lhe porcos e são-lhe oferecidos pratos de Axoxo, milho fervido, servido com pedaços da polpa de coco. Oxossi é sincretizado na Bahia com São Jorge e, no rio de Janeiro, com São Sebastião. No decorrer das cerimônias públicas do Xiré dos Orixás, ele segura em uma das mãos o arco e a flecha, seus símbolos, e tem na outra umErukerê, espanta-moscas, insígnia de dignidade dos reis da África e que lembra e ter sido ele so rei de Kétu. Suas danças imitam a caça, a perseguição do animal e o arremesso da flecha. É saudado com o grito Oké
A importância de Oxossi devi-se, na África, a diversos fatores:
O primeiro, era descoberta, no decorrer de suas expedições, de local favorável ao estabelecimento de uma roça ou de um vilarejo. Tornava-se, assim, o primeiro ocupante do lugar e senhor da terra, Onilé, com autoridade sobre os habitantes que aí viessem a se instalar posteriormente.
O terceiro, de ordem administrativa e policial pois, outrora, os caçadores, Odés, eram os únicos a possuir armas nos vilarejos, servindo também como guardas noturnos, Oxós.
uma lenda explica a origem do nome de Oxossi:
"Olofin Odudúa, rei de Ifé, celebrava a festa dos novos inhames, esquecendo-se, porém, de fazer uma oferenda às feiticeiras. Havia grande multidão no pátio do Palácio Real.
Olofin estava sentado em grande estilo, magnificamente vestido, cercado de suas mulheres e de seus ministros, enquanto que escravos o abanavam e espantavam moscas, tambores batiam e louvores eram entoados em sua honra. Os convivas conversavam alegremente, e felizes festejavam o vento, comendo os inhames novos e bebendo vinho de palma. Subitamente, um pássaro gigantesco planou sobre a multidão, indo se empoleirar sobre o teto do prédio central do Palácio do Rei. Este pássaro malvado era mandado pelas feiticeiras, chamadas Eleyés, proprietárias de pássaros utilizados na realização de nefastos trabalhos. No Palácio reinava a confusão e o desespero. Foram procurados, sucessivamente, quatro Oxós, caçadores guardiães da noite, chamados respectivamente deOxotôgun, o atirador de vinte flechas, Oxotoji, o atirador de quarenta flechas, Oxatadotá, o atirador de cinqüenta flechas eOxótakanxox, o atirador de uma única flecha. Nenhum dos três primeiros - todos muitos seguros de si mesmo um pouco fanfarrões - conseguiu atingir o pássaro, apesar de possuírem, todos eles, grande habilidade. O pássaro, de proporções gigantescas, era protegido pelo poder das feiticeiras.
Quando chegou a vez de Oxótakanxox, sua mãe foi consultar umBabalaô que lhe declarou o seguinte: "Seu filho está somente a um passo, seja da morte, seja da riqueza. Faça uma oferenda e a morte se transforma em riqueza". 
Ela foi depositar, então, na estrada, uma galinha que havia sido sacrificada, cortando-lhe e abrindo-lhe o peito, pois essa foi aboa maneira de se fazer uma oferenda às feiticeiras. A mãe deOxátakanxoxô pronunciou três vezes um encantamento: "Que o peito do pássaro aceite esta oferenda!!!" Era o momento preciso em que seu filho lançava sua única flecha. O pássaro deixara relaxar, exatamente agora, o seu poder protetor, o qual teria impedido a oferenda de chegar ao seu peito e, assim, a flecha deOxátakanxoxô o atingiu em cheio. Ele caiu pesadamente ao chão e morreu. Todo mundo se pôs a cantar e a dançar:
"Oxowusi! Oxo é popular! Oxowusi! Oxo é popular!"
Com o passar do tempo, Oxowusi transformela ou-se em Oxossi.
Conta-se no Brasil, que Oxossi era irmão de Ogun e de Exú, todos três filhos de Yemanjá. Exú, por ser indisciplinado e insolente com sua mãe, foi por mandado embora.
Os outros dois filhos se conduziam melhor. Ogun trabalhava no campo e Oxossi caçava nas florestas vizinhas. A casa encontrava-se, assim, abastecida de produtos agrícolas e de caça. Yemanjá, no entanto, andava inquieta e resolveu consultar um Babalaô. Este aconselhou não mais deixar Oxossi ir à caça, pois se arriscava a encontrar Osanyin, aquele que possuía o conhecimento das virtudes das plantas e que vivia nas profundezas da floresta. Oxossi ficaria exposto, assim, a um feitiço de Ossanyin para obrigá-lo a permanecer em sua companhia.
Em vista disto, Yemanjá ordenou ao filho que renunciasse às suas atividades de caçador. Este, porém, de personalidade independente, continuou as suas incursões à floresta. Partia em companhia de outros caçadores que tinham o hábito de, ao chegarem aopé de uma grande árvore, Iroko (Chlorophoraexcelsa), se separarem, indo à caça isoladamente, para se encontrarem, no final do dia, no mesmo local. Certa noite, Oxossi não voltou ao local do encontro, nem respondeu aos apelos dos outros caçadores. Ele tinha encontrado Ossanyin que o convidouà beber uma poção onde certas folhas tinham sido maceradas, caindo assim em estado de amnésia. Não sabia mais quem era nem onde morava. Ficou, pois, vivendo em companhia deossanyin, como havia previsto o Babalaô.
Ogun, inquieto pela ausência do irmão, partiu à sua procura, encontrando-o nas profundezas da floresta. Ele o trouxe de volta, mas Yemanjá , irritada, não quis receber o filho desobediente. Revoltado com a intransigência materna, Ogun recusou-se a continuar em casa. É por este motivo que o local consagrado aogun encontra-se sempre ao ar livre. Quanto a Oxossi, este preferiu voltar para a floresta, para perto de Ossanyin, Yemanjádesesperada por ter perdido os três filhos, transformou-se em um rio.
O contador desta lenda, no Brasil, destaca o fato de que "estes quatro deuses Yorubás-Exú, Ogun, Oxossi e Ossanyin - são igualmente simbolizados por objetos em ferro forjado e vivem todos eles ao ar livre".
O arquétipo de Oxossi é aquele das pessoas espertas, rápidas, sempre alertas e em movimento. São pessoas cheias de iniciativa e sempre na pista de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família, são hospitaleiras, generosas, amigas de ordem, mas gostam muito de trocar de local de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.          
Uma lenda explica como surgiu o nome de Òsóòsì, derivado deÒsówusì (“o guarda-noturno é popular’’): “Olófin Odùduà, rei deIfé, celebrava a festa dos novos inhames, um ritual indispensável no início da colheita, antes do quê, ninguém podia comer desses inhames. Chegado o dia, um grande multidão reuniu-se no pátio do palácio real. Olófin estava sentado em grande estilo, magnificamente vestido, cercado de suas mulheres e de seus ministros, enquanto os escravos o abanavam e espantavam as moscas, os tambores batiam e louvores eram entoados para saudá-lo. As pessoas reunidas conversavam e festejavam alegremente, comendo dos novos inhames e bebendo vinho de palma. Subitamente um pássaro gigantesco voou sobre a festa, vindo pousar sobre o teto do prédio central do palácio. Esse pássaro malvado fora enviado pelas feiticeiras, as ÌyámiÒsòròngà, chamadas também as Eléye, isto é,  as proprietárias dos pássaros, pois elas utilizam-nos  para realizar seus nefastos trabalhos. A confusão e o desespero tomaram conta da multidão. Decidiram, então, trazer, sucessivamente,  Oxotogun, o caçador das vinte flechadas, de Idô; Oxotogí, o caçador das quarenta flechas, de Moré; Oxotadotá, o caçador das cinqüenta flechas, de Ilarê, e finalmente Oxotokanxoxô, o caçador de uma só flecha, de Iremã. Os três primeiros, muito seguros de si e um tanto fanfarrões, fracassaram em suas tentativas de atingir o pássaro, apesar do tamanho deste e da habilidade dos atiradores. Chegada a vez de Oxotokanxoxô, filho único, sua mãe foi rapidamente consultar um babalaô, que lhe declarou: “Seu filho está a um passo da morte ou da riqueza. Faça uma oferenda e a morte tornar-se-á riqueza”. Ela foi então colocar na estrada uma galinha, que havia sacrificado, abrindo-lhe o peito, como devem ser feitas as oferendas às feiticeiras, e dizendo três vezes: “Que o peito do pássaro receba esta oferenda”. Foi no momento preciso que seu filho lançava sua única flecha. O pássaro relaxou o encanto que o protegia, para que a oferenda chegasse ao seu peito, mas foi a flecha de Oxotokanxoxô que o atingiu profundamente. O pássaro caiu pesadamente, se debateu e morreu. Todo mundo começou a dançar e a cantar: “Oxó (Òsó) é popular! Oxó é popular! Oxowussi (Òsówusì)! Oxowussi!!Oxowussi!!!”  Com o tempo, Òsówusì transformou-se em Òsóòsì.
Conta-se no Brasil que Oxóssi era irmão de Ogum e de Exu, todos os três filhos de Iemanjá. Exu era indisciplinado e insolente com sua mãe e por isso ela o mandou embora. Os outros dois filhos se conduziam melhor. Ogum trabalhava no campo e Oxossi caçava na floresta das vizinhanças, de modo que a casa estava sempre abastecida de produtos agrícolas e de caça. Iemanjá, no entanto, andava inquieta e resolveu consultar um babalaô. Este lhe aconselhou proibir que Oxóssi saísse à caça, pois arriscava-sea encontrar Ossaim, aquele que detém o poder das plantas e que vivia nas profundezas da floresta. Oxóssi ficaria exposto a um feitiço de Ossaim para obrigá-lo a permanecer em sua companhia. Iemanjá exigiu, então, que Oxóssi renunciasse a suas atividades de caçador. Este, porém, de personalidade independente, continuou suas incursões à floresta. Ele partia com outros caçadores, e como sempre faziam, uma vez chegados junto a uma grande árvore (ìrókò), separavam-se, prosseguindo isoladamente, e voltavam a encontrar-se no fim do dia e no mesmo lugar. Certa tarde, Oxóssi não voltou para o reencontro, nem respondeu aos  apelos dos outros caçadores. Ele havia encontrado Ossaim e este dera-lhe para beber uma porção onde foram maceradas certas folhas, como a amúnimúyè, cujo nome significa “apossa-se de uma pessoa e de sua inteligência”, o que provocou em Oxóssi uma amnésia. Ele não sabia mais quem era nem onde morava. Ficou, então, vivendo na mata com Ossaim, como predissera o babalaô. Ogum, inquieto com a ausência do irmão, partiu à sua procura, encontrando-o nas profundezas da floresta. Ele o trouxe de volta, mas Iemanjá não quis mais receber o filho desobediente. Ogum, revoltado pela intransigência materna, recusou-se a continuar em casa (é por isso que o lugar consagrado a Ogum está sempre instalado ao ar livre).  Oxóssivoltou para a companhia de Ossaim, e Iemanjá, desesperada por ter perdido seus filhos, transformou-se num rio, chamado Ògùn ( não confundir com Ògún, o orixá). O narrador desta lenda chamou atenção para o fato de que “esses quatro deusesIorubás- Exu, Ogum, Oxóssi e Ossaim – são igualmente simbolizados por objetos de ferro forjado e vivem todos ao ar livre.
 

ossaim

04/03/2015 16:58
OSSÂIM
 
 
 
O Senhor das Folhas
 
 
 
Ossâim é orixá masculino de origem nagô (Iorubá) que, como Oxóssi habita a floresta. É bastante cultuado no Brasil, recebendo diversos nomes como Ossânin, Ossonhe, Ossãe e Ossanha , uma das formas mais populares. Por causa do som feminino é frequentemente confundido como figura feminina. É um orixá cujos filhos são raros, bem menos numerosos do que Ogum, Xangô ou Oxum. É orixá da cor verde, do contato mais íntimo com a natureza. As áreas consagradas a Ossâim não são os jardins cultuados de maneira tradicional, mas sim os recantos, onde só os sacerdotes podem entrar, nos quais as plantas crescem de maneira selvagem, quase sem controle. Orixá de grande significação, pois todos os rituais importantes utilizam o “sangue-escuro” que vem dos vegetais, seja em forma de amassis, infusões ou para uso de bebida ritualística. É comum dentro da Umbanda existir um certo preconceito com dois Orixás que muitas vezes são esquecidos, mais existem em Umbanda e se faz necessário o culto: Ossâim e Oxumarê. O primeiro está presente em todos os rituais através das folhas e o segundo presente em quase todos os rituais por ser o Orixá das cores e dos aromas. Por não terem sido muito divulgados, pensa-se serem orixás de Candomblé, grande erro. Dois orixás de grande valia dentro do culto de Umbanda. Segundo lendas, Ossâim era o dono de todas as folhas e era necessário que os Orixás dependessem dele para obter certas folhas e certos sumos. Como os orixás raramente se submetem a qualquer tipo de autoridade, a rebelião se fez e Iansã com seus ventos espalhou as folhas de Ossâim, fazendo com que cada Orixá pegasse a sua de acordo com sua esfera de atribuições. Mas muitas ervas e plantas ainda continuam sob o domínio de Ossâim, e mesmo as que hoje estão sob domínio dos outros orixás, ainda necessitam de certas rezas e preceitos que só Ossâim conhece. Nesse contexto o poder de Ossâim foi dividido, mas permanece paradoxalmente com ele, realçando outra característica do Panteão Africano: a dependência dos Orixás. Apesar de cada Orixá reinar sobre uma área específica do conhecimento e da atividade humana, acaba influindo genericamente sobre os domínios dos outros Orixás. Por isso um filho de Iansã deve manter boas relações espirituais com Ossâim para poder realizar os trabalhos e obrigações devidos à própria Iansã ou a Exu, como também deve invocar Oxum quando tiver problemas sexuais ou relativos a paternidade ou maternidade. Se cada ser humano é individualizado pela soma das características e presenças energéticas de seus próprios orixás – o primeiro (eledá) e o segundo (ajuntó) orixá, também troca energias com as outras fontes de Axé que regularizam e ditam as normas de seu relacionamento com outras áreas do conhecimento. É a convivência dos diferentes, mas complementares, que viabiliza a mitologia dos orixás e a existência do ser humano em sociedade. Não é orixá das lutas, do fogo, dos grandes amores e das guerras incontroláveis. É orixá da técnica, do uso das folhas que são empregadas quando necessárias, usadas de forma condutora da busca do equilíbrio energético, do contato do homem com a sua divindade, que nada mais é do que a sua essência. Não faz parte das lendas de Ossâim um número de relações familiares e sexuais de destaque, pois geralmente é apresentado como um ser solitário, vagando nebulosamente pela floresta e não habitando lar específico. Em algumas histórias é apresentado como uma figura de uma perna só. Em outras é chamado de Aroni, um anãozinho que como o saci pererê da mitologia, traz sempre na boca um cachimbo. Para alguns pesquisadores, a diferença existente entre Ossâim e Omolu-Obaluaiê, seria de que um traz a doença e o outro traria a cura. Mas tal definição não é adequada já que Omulu-Obaluaiê também traz a cura. Classificar Ossâim como Orixá da medicina seria uma visão parcial de sua real potencialidade mítica. Ossâim seria aquele a quem se pede a ajuda para libertação de diferentes problemas, seja a doença, sejam os encantamentos. Omulu-Obaluaiê é a quem se pede a cura, depois que ele mesmo muitas vezes envia a doença. Outra diferença seria que Ossâim é mais invocado nas doenças e problemas individuais enquanto Omulu-Obaluaiê é o que castiga socialmente, dizimando colheitas ou populações inteiras. Ossâim seria também o curandeiro do ponto de vista da magia e dos encantamentos, enquanto Omulu-Obaluaiê seria o curandeiro do ponto de vista das rezas e da manifestação de espíritos curadores que trabalhariam a seu mando. Como tantos outros magos, vive sozinho, em estreita e diária ligação com as plantas, com os pássaros com quem parece se comunicar, é misterioso e solitário ermitão.
 
 
 
O Arquétipo dos seus filhos
 
  
 
O arquétipo dos filhos de determinado Orixá, é um estudo profundo e que muitas das vezes não condiz com o que o Orixá apresenta. Vale lembrar que os Arquétipos são dados a essa ou aquela pessoa por características que são predominantes nos seus Orixás (eledá e ajuntó). Para facilitar o entendimento, geralmente o tipo físico é dado a partir do físico do Orixá (Oxum, Yemanjá – Predominância por gorduras localizadas e alguma tendência a engordar – Ogum, Oxóssi – Pessoas esguias e ágeis que tem no pisar o silêncio dos guerreiros que se faz necessário para não afastar a vítima ou a presa). Do ponto de vista emocional e psicológico, Oxum e Yemanjá seriam pessoas mais controladas e menos dadas a rompantes e combates, como seria Ogum, Oxóssi e Iansã. Xangô seria a figura do homem velho que nem sempre resolve tudo a ferro e fogo. Mas essas características são contrabalanceadas pelos ajuntós. Geralmente o Eledá traz alguma característica que muitas das vezes são acentuadas, desacentuadas ou mudadas pelas características do ajuntó. Portanto pode se ver uma filha de Yemanjá magérrima, visto que o ajuntó é Oxóssi e vice-versa. Os filhos de Ossâim são aqueles que não permitem que suas simpatias e antipatias subjetivas e individuais intervenham em suas decisões ou influenciem as suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos. Ossâim é reservado, pouco intervindo em questões que não lhe digam respeito. Não é introvertido, mas não se faz notar pela atividade social. Os filhos de Ossâim são individualistas no sentido de não se preocuparem com o que acontece fora da sua esfera. São pessoas muito ligadas a religiosidade e pelos aspectos ritualísticos. A ordem, os costumes, as tradições e os gestos marcados e repetitivos o fascinam. São pessoas meticulosas, nunca se deixando levar pela pressa ou pela ansiedade, pois é caprichoso. Por isso as profissões dos filhos de Ossâim são aquelas que não requeiram pressa. São pessoas que não gostam de trabalhar em conjunto, há não ser quando somente o conjunto pode gerar o resultado esperado. Pela necessidade de isolamento e independência, os filhos de Ossâim podem abraçar profissões artesanais, que exijam o trabalho lento e meticuloso, como um ritual que quando não feito de maneira correta e meticulosa pode botar tudo a perder. Em termos físicos, são pessoas elegantes e esguias, mesmo quando tem como ajuntó Yemnjá ou Oxum. Não aparentam grande força física, mas detém uma grande energia reservada para uso quando necessário. Uma particularidade física muito comum são os cabelos lisos e compridos. São capazes de amar, mas não o tempo todo. O silêncio, porém, não pode ser entendido como sinônimo de falta de carinho: é apenas seu gosto pela ausência de sons, pois, quando há algum problema, ele dificilmente esconde seu ponto de vista.
 
 
 
 O Culto ao Orixá
 
Assim como os Orixás das florestas, Ossâim é cultuado as quintas-feiras, se bem que alguns zeladores e zeladoras apresentem seus dias de culto de maneira diferente. Como é um orixá voltado ao culto em si e à religião como forma organizada de comunicação entre os homens e o sobrenatural, todos os seus ritos exigem muitos detalhes e inúmeros cuidados para não se quebrar as regras de como se colhe uma folha de uma árvore ou se arrumam os ingredientes para uma obrigação de Ossâim. Em algumas áreas do Brasil, Ossâim é sincretizado em São Benedito, alguns zeladores e zeladoras dão a este Orixá o sincretismo de Santo Expedito, visto que o mesmo segura um ramo de folha em uma das mãos. Mas em geral  é sincretizado na figura do Saci Pererê, figura mitológica que traduziria a função de encantado da mata, aquele que existe e ao mesmo tempo não. Sua filiação é Yemanjá e Oxalá (alguns historiadores dão Nanã e Oxalá), sua atuação seria na cura e na liturgia, suas cores variam de vermelho e azul, verde e branco e preto e amarelo (mais comum). A comida ritualística mais conhecida seria o padê de mel, coberto de fumo de rolo servido com um coeté de cachaça e entregue com uma vela preta e amarela.  A ele são sacrificado bodes

ogum

04/03/2015 16:56
OGUM YÊ
 
              Ogum é o orixá mais importante da cultura afro-brasileira. Filho de Oduduá e Iemanjá, no Brasil identifica – se como São Jorge (daí a fama de santo guerreiro). Seu ambiente preferido é qualquer lugar ao ar livre. Com muita determinação, vence qualquer combate. Também é o senhor das guerras e protege militares, os combatentes, além de todos os profissionais ligados ao ferro, como serralheiros e metalúrgicos. Os lavradores também recebem a forte proteção de Ogum.
 
            Todos os filhos deste orixá são guerreiros e lutam por liberdade e independência. Gostam de se divertir e rejeitam qualquer atividade que os faça ficar parados por muito tempo. São amantes das viagens e paisagens. Às vezes egoístas e briguentos, amam cegamente quando se entregam de verdade.
 
CONHECENDO MAIS SOBRE OGUM
 
         Ogun é na África, em país Yorubá, o deus do ferro, dos ferreiros e de todos aqueles que utilizam este metal: agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores de madeira. Desde o início do século, os mecânicos, os motoristas de automóveis ou de trens, os reparadores de velocípedes e de máquinas de costura vieram se juntar ao grupo de seus fiéis.
 
        No Brasil, Ogun é sobretudo conhecido como Deus dos Guerreiros. Perdeu sua posição de protetor dos agricultores, pois os escravos, nos séculos anteriores não possuíam interesse pessoal na abundância e na qualidade das colheitas e, sendo assim, não procuravam sua proteção nesse domínio. Como deus dos caçadores ele foi substituído por Oxossi cujo culto era muito popular em Ketu, local de origem dos escravos libertos que criaram os primeiros candomblés da Bahia.
No Brasil, Ogun é uma única divindade, tendo, porém, sete nomes: 1. Ogun Mejê; 2. Ogun Alagmedé; 3. Ogun Onirê; 4,Ogun Alakorô; 5. Ogunjá; 6. Ogun Ominí, 7. Ogun Wari.
O nome Ogun Mejê teria a sua origem na frase em YorubáOgun Mejê Mejê Lodê Iré (Ogun está nas sete partes doIré"), alusão a sete vilarejos, hoje desaparecidos, que teriam existido em volta de Iré. Este número sete, que lhe é associado, é representado nos locais que lhe são consagrados por instrumentos de ferro forjado, em número de sete, quatorze ou vinte e um, alinhados todos sobre uma haste de ferro: lança, espada, enxadas, torquês, facão, ponta de flecha, enxó, símbolos de suas atividades guerreiras, agrícolas, de ferreiro, de caçador, de escultor, etc.
 
          A origem deste número sete. ligado a Ogun, e do número nove em relação a Oyá-Yansã nos é relatada por uma lenda onde Oyá era a companheira de Ogun Alagbedê(2.º da lista) - Ogun o ferreiro - antes de se tornar mulher de Xangô Ela ajudava Ogun no seu trabalho, levava docilmente suas ferramentas da casa para a oficina e, lá, ela manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia,Ogun ofereceu a Oyá uma vara de ferro, parecida com uma de sua propriedade, e que tinha o dom de dividir em sete partes os homens e em nove as mulheres quepor ela fossem tocados, no decorrer de uma luta. Xangô gostava de vir sentar-se à forja a fimde apreciar Ogun bater o ferro e, freqüentemente, lançava olhares a Oyá; esta, por seu lado, furtivamente o olhava. Xangô era muito elegante, muito elegante mesmo, afirma o contador da história. Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá e, um belo dia, ela fugiu com ele. Ogun lançou-se a sua perseguição, encontrou os fugitivos e brandiu sua vara mágica. Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. E, assim, Ogunfoi dividido em sete partes e Oyá em nove, recebendo ele o nome de Ogun Mejê (1.º da lista).
 
                Ogun teria sido o filho mais velho de Odudúa, o fundador de Ifé. Era um temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Guerreou contra a cidade de Ará e destruiu. Apossou-se drrra cidade de Iré, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oniré, rei do Iré, sendo chamado Ogun Oniré (3.º da lista).
 
        Por razões que ignoramos, ogun nunca teve direito de usar uma coroa, Ade, feita co pequenas contas de vidro e ornada por franjas de missangas, dissimulando o rosto, emblema de realeza par os Yorubás. Foi autorizado a usar, apenas, um simples diadema, chamado Akorô, e isto lhe valeu ser saudado como Ogun Alakorô (4.º da lista). Ogundecidiu, após numerosos anos ausente de Irê, voltar para visitar seu filho. Infelizmente as pessoas da cidade, celebravam, no dia de sua chegada, uma cerimônia durante a qual os participantes não podiam falar, sobre pretexto algum. Ogun tinha fome e sede. Descobriu alguns potes destinados a vinho de palma, mas ignorava que estivessem vazios. Ninguém o havia saudado ou respondido às suas perguntas. Ele não reconhecia o local por ter ficado ausente durante muito tempo.
 
         Ogun, cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, para ele considerado ofensivo. Começou a quebrar, com golpes de sabre, os potes e, logo depois, sem poder se conter, começou a cortar a cabeça das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo-lhe as suas comidas prediletas, tais como cães e caramujos, feijões regados com azeite de dendê e potes de vinho de palma. Enquanto saciava a sua fome e a sua sede, os habitantes de Iré cantavam louvores onde não faltava a menção a Ogunjajá, que vem da frase Ogun je ajá - "Oguncome cachorro"- oque lhe valeu o nome de Ogunjá ( 5.º nome da lista). Satisfeito e calmo, Ogun lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra a dentro, transformando-se em Orixá.
 
        No Brasil, as pessoas consagradas a Ogun usam colares de conta de vidro azul-escuro e, algumas vezes, verde. Terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. Seu nome é sempre mencionado, por ocasião de sacrifícios dedicados aos diversos Orixás, no momento em que a cabeça do animal é decepada com uma faca - da qual ele é o senhor - e o sangue começa a escorrer. É o primeiro, também, a ser saudado depois de Exú, devidamente cumprimentado, é despachado. No momento da entrada dos Orixás manifestados e vestidos com suas roupas simbólicas, é sempre Ogun que desfila na frente, "abrindo o caminho" para os outros Orixás.
Esta primazia foi, no entanto, contestada por Obaluayé eNanan Buruku que, como veremos mais tarde, se insurgiram contra ela e, para provar sua maior antiguidade de vinda ao mundo, se recusaram a utilizar facas de ferro forjado porOgun, este"recém-chegado" !!! Ogun é tambémrepresentado por franjas de folhas de dendezeiro, devidamente desfiadas, chamadas Mariwó. Era, segundo se diz, a roupa por ele usada, em outros tempos, quando a tecelagem ainda não tinha sido inventada.
 
            Estes Mareiwós, pendurados em cima da porta e das janelas de uma casa, ou na entrada dos caminhos, representam proteções e barreiras contra as más influências.
 
          Na África, os locais consagrados a Ogun ficam ao ar livre, na entrada dos palácios dos reis e nos mercados. São geralmente pedras em forma de bigorna colocadas sob uma grande árvore, Araba, ( Ceiba Pentandra) e protegidas por uma cerca de nativos, Peregún (Draceana fragans) ou deAkoko (Newboldia laevis). Nestes locais, periodicamente, realizam-se sacrifícios de cachorros e de galos.
O culto de Ogun é bastante difundido no conjunto dos territórios onde se fala o Yorubá e ultrapassa as fronteiras dos países vizinhos, Gegês, no Daomé e no Togo, onde é chamado de Gun. Em todos estes países, Ogun-Gun é respeitado e temido. Tomá-lo como testemunha, no decorrer de uma discussão, tocando com a ponta da língua a lâmina de uma faca, ou um objeto de ferro, é sinal de sinceridade absoluta. Um juramento feito, evocando-se o nome de Ogun, é mais solene e digno de fé que se possa imaginar, comparável àquele que faria um cristão sobre a Bíblia ou um muçulmano sobre o Corão.
 
         A vida amorosa desse Orixá caracteriza-se pela instabilidade. Ogun foi o primeiro marido de Oyá-Yansã, aquela que se tornaria, mais tarde, mulher de Xangô. Teve, também, relações com Oxun antes que ela fosse viver com Oxossi e com Xangô. E, também, com Obá, a terceira mulher de Xangô. Teve numerosas aventuras galantes quando partia para as guerras, tornando-se, assim, o pai de diversos outros Orixás, como Oxossi e Oranmiyan.
Oranmiyan, ao que se diz, fora concebido em condições muito particulares, dificilmente aceitas por um geneticista, pois teria tido dois pais ao mesmo tempo... De acordo com a lenda, Ogun, no decorrer de suas expedições guerreiras, conquistou a cidade de Ogotum, saqueou-a, dela retirando valiosos despojos. Uma prisioneira de rara beleza, Lakanjé, agradou-o ele não respeitou a sua virtude. Mais tarde, quando a mesma mulher foi vista por Odudúa ( pai de Ogun) este mostrou-se igualmente perturbado, desejou possuí-la, tornando a finalmente como uma de suas mulheres.
Ogun, amedrontado, não revelou a seu pai o que havia se passado entre ele e a bela prisioneira. Nove mês mais tarde,Oranmiyan vinha ao mundo . Seu corpo, entretanto, estava dividido verticalmente em duas dores: marrom de um lado, pois Ogun possuía a cor escura, e amarelo do outro, comoOdodúa, que era bastante claro de pele.
 
Oranmiyan tornou-se um temido guerreiro, estabeleceu aliança com Elempe, rei do país Tapa-Nupé, casando-se com sua filha Torossí. Desta união nasceu Xangô, do qual falaremos mais tarde. Oranmiyan fundou o reino de Oyo, onde colocou sobre o trono Dada-Ajaka, seu filho mais velho, concebido com outra mulher; instalou seu terceiro filho,Eweka, como rei de Benin e tornou-se, ele próprio, Oni, rei de Ifé, depois da morte de Ododúa.
 
As saudações, Oriki, festa a Ogun na África demonstram seu caráter aterrador e violento:
Ogun que tendo água em casa, se lava com sangue.
Os prazeres de Ogun são os combates e as lutas. 
Ogun come cachorro e bebe vinho de palma.
Ogun, o violento guerreiro.
O homem louco com músculos de aço.
o terrível Ebora que se morde a si próprio sem piedade.
Ogun que come vermes sem vomitar. 
Ele mata o marido no fogo e a mulher à beira do fogareiro.
Ele mata tanto o ladrão como o proprietário da coisa roubada.
Ele mata tanto o proprietário da coisa roubada como aquele que critica esta ação.
 
O arquétipo de Ogun é o das pessoas violentas, brigonas e impulsivas, incapazes de perdoarem as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que nos momentos difíceis triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda esperança. Das que possuem humor mutável, passando furiosos acessos da raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos. Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhe prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas.  
 

cantiga

21/08/2013 17:40

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